Reli os vinte e nove pedaços da minha alma, espetados contra as paredes negras desta minha casa e sorri. Um estranho e distorcido sorriso. É incrível como um coração aparantemente feliz pode guardar tanta amargura. Como estivesse dividido por ténues linhas que separam os sentimentos para que não se confundam. Para que não se misturem numa combinação explosiva e irreversível. Sorri por sentir que posso ser sincera aqui. Que posso ser eu, sem temer que me leiam. Sem temer que me julguem pela superfície sorridente que oculta um interior dilacerado pelo passado. Aqui sou a Lídia, de sorriso distorcido mas verdadeiro.

Lídia, como gostei de te ler.
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