quarta-feira, 23 de abril de 2014

#47



Calculo que me julguem uma pessoa confusa. Escrevo acerca de assuntos de uma forma dispersa e sem um seguimento lógico. Confesso que nada em mim é lógico. As palavras saem conforme me lembro delas. Há fragmentos do passado que se misturam por entre os do presente. O que hoje escrevo nem sempre foi sentido hoje. É que sabem, a distância ajuda-me a aceitar aquilo que vivi. Não se sintam confusos ao ler-me. Limitem-se a ler. A ler-me. A absorver. A absorverem a minha essência. Tentem entender-me nas entrelinhas e juntar as peças do puzzle que aqui vou deixando. No final tudo isto fará sentido, prometo-vos. 

2 comentários:

  1. Tens razão, vejo-te como uma pessoa (ponto). E bem sei eu, na minha condição de ser humano que a confusão nos é, a maior ou menor escala, inerente. Contaria pelos dedos de uma mão as pessoas que me entendem na íntegra, provavelmente são até menos do que hoje julgo, e por isso sei do que aqui falas. Também eu sou uma mistura das vivências de hoje com a minha pessoa de ontem, dos meus sonhos com as minhas realizações, dos meus sentimentos e das minhas razões. Digo-te então que de mim, terás sempre um ombro disponível e as minhas melhores palavras para te aconchegar, mesmo quando nem eu própria for capaz de entender, de te ler nas entrelinhas. E mesmo que nunca isto faça sentido, continuarei aqui.

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  2. O importante é que escrevas o que te vai na alma e no pensamento. Se faz ou não sentido são pormenores.

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Pesadelos do passado.

Sonhadores.