segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

#65

Afasto-me e volto a aproximar-me sempre que o meu coração precisa. Não sou uma criatura de hábitos. Não me quero prender a nada, nem a ninguém. Se assim fosse o meu coração já estaria de tal forma mutilado que nunca voltaria a bater. Vou divagando por aí, qual alma penada. Não procuro o amor e não espero que ele me encontre. Não faço pedidos a estrelas cadentes, nem sequer procuro o sol no meio das nuvens. Gosto da chuva na minha cara e do frio a entrar-me pelo casaco. Gosto de me enrolar numa manta e de me perder nas linhas de um livro. Gosto de um chá quente numa caneca que me aquece as mãos. Gosto da minha vida tal como está, vazia de pessoas. Gosto de me ter a mim, de me amar. E basta isso para me pôr um leve sorriso na cara. Em 2015, o novo ano que tantos esperam, tenciono viver a minha vida da mesma forma que vivi até agora. Para quê mudar aquilo que resulta? Não procuro mudança. Procuro felicidade.

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Pesadelos do passado.

Sonhadores.