terça-feira, 27 de agosto de 2013

#4


Sim fui dura. Fui insensível. Fui crua. Deveria sentir remorsos por te ter falado daquela forma, tão despida de pudores e subterfúgios. Mas senti-me livre. Ai, como me senti livre. A língua desprendeu-se de vez. Merecias aquelas palavras amargas. Já as devias ter ouvido há muitos anos atrás e eu contive-me com medo de magoar a tua fraca alma. Agora vejo que a única fraca em toda esta história fui eu por me ter preocupado tanto com alguém que se revelou o contrário do que apregoava. Não me arrependo do que te disse. Não me arrependo da forma como to disse. Nada vai ser o mesmo mas nem isso me preocupa. Afinal de contas para que te quero do meu lado? Guarda todo o ódio para ti e afasta-te. Agora sou eu quem não te quer por perto. Morreste para mim.

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Pesadelos do passado.

Sonhadores.